28 de dez. de 2008

Nietzsche.


“– O problema (...) é que sempre que abandonamos a racionalidade e recorremos às faculdades inferiores para influenciar os homens, resulta um homem inferior e mais vulgar. Quando diz que deseja algo que funcione, tem em mente algo capaz de influenciar as emoções. Bem, existem especialistas nisso! Quem são eles? Os sacerdotes! Eles conhecem os segredos da influência! Eles manipulam com música inspiradora, eles nos apequenam com pináculos altaneiros e naves monumentais, eles encorajam o desejo de submissão, eles oferecem a orientação sobrenatural, a proteção contra a morte, até a imortalidade. Mas veja o preço que cobram: escravidão religiosa; reverência pelos fracos; estase; ódio ao corpo, à alegria, a este mundo. Não, não podemos recorrer a esses tranqüilizantes, a esses métodos anti-humanos! Precisamos encontrar formas melhores de aprimorar nossos poderes da razão.
(...)
Mas sem dúvida – e Nietzsche agitou seus punhos cerrados –, você tem que perceber que não existe realidade em qualquer uma de suas preocupações! (...) Esses pobres fantasmas não fazem parte da realidade numênica. Toda visão é relativa, assim como todo conhecimento. Inventamos nossas experiências. E o que inventamos podemos destruir.
(...)
(...) Eu exulto minha liberdade. Digo a mim mesmo: “O que haveria para criar se os deuses existissem?” Entendeu o que quero dizer? (...)”

YALOM, Irvin D. Quando Nietzsche chorou. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. Págs 281-282.

Um comentário:

°°mila°° disse...

Ah... qro ler este livro tb!
A reflexão final é ótima tb.
Realmente sua td onipotencia, onipresença e oniuscaralio tornam este deus tão sapiente e criador de td, o q criar a mais?

bjs meu doce de abacaxi azedo!